O FANTASMA RANZINZA E O MENDIGO FREDERICO

Era uma vez um fantasma ranzinza
Que, durante o dia, dormia
E, à noite, não parava de se queixar:
“Passo a noite toda, neste castelo, sozinho,
Sem ter ninguém a quem eu possa assustar.”

E, engrossando a voz, ele acrescentava:
“Neste castelo, há espaço para muitos,
Mas eu não permito que outros fantasmas,
No meu precioso castelo, venham morar.”

Depois, suspirando, ele se lamentava:
“Se eu não tivesse matado de susto
O infeliz mendigo que aqui se abrigou,
O pobre Frederico hoje vivo estaria,
E eu ainda poderia assustá-lo outra vez.”

O fantasma ranzinza assustou-se
E, se ele pudesse morrer novamente,
Teria morrido quando Frederico,
Surgindo à sua frente, explicou:

“Não foi por causa do susto
Que o meu coração parou de bater.
Todos têm a sua hora;
E, a minha, havia chegado.”

O fantasma ranzinza, refeito do susto,
Abraçou Frederico e, com um sorriso,
Convidou-o a morar em seu castelo.
Frederico aceitou, e o fantasma ranzinza
Prometeu não assustar mais ninguém.

carimbo 1 - Cópia

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